sábado, 27 de novembro de 2010

"...o Rio de Janeiro vive uma guerra que já deveria ter acontecido, ou quem sabe evitada."

Acessando o G1 me deparei com essa foto, a qual era atribuída um título mais ou menos assim: "Medo toma conta de crianças nas favelas do Rio". Aí, sempre que vejo/ouço a palavra medo, associo à uma frase de um cara que eu admiro muito, Humberto Gessinger, "faz-tudo" do Engenheiros do Hawaii, hoje unicamente do Pouca Vogal, que diz o seguinte: "O medo nos leva a tudo, sobretudo à fantasia". Talvez fosse um pensamento desnecessário, mas quis compartilhar.
Neste caso, o medo só é/foi conseqüencia da realidade, longe de ser fantasia.


O Texto a seguir foi tirado do Blog Ramon Nobre. O cara escreveu muito bem, mostrando uma opinião coletiva e correta. Como essa semana tive outras ocupações e não acompanhei de perto tal assunto, coloco aqui a opinião conjunta do confrade.
Acesse: (http://www.ramonnobre.blogspot.com/)



Desespero. Essa é a palavra certa para o momento que o Rio de Janeiro vive e sempre viveu. Enquanto o resto do Brasil e do mundo acompanham a batalha dos policiais contra os traficantes das favelas o Rio de Janeiro vive uma guerra que já deveria ter acontecido, ou quem sabe evitada.

Quando se têm um problema o que se deve fazer é tentar resolve-lo o mais rápido possível para evitar complicações futuras. Foi exatamente o que não se fez no Rio de Janeiro. O problema com traficantes e a falta de paz nas favelas tanto do Rio quanto do resto do Brasil é antigo. O que todos presenciam é o que já deveria estar sendo feito há décadas. Deixaram os marginais tomarem de conta, deixaram que eles tivessem autonomia para circular livremente. Está sendo provado mais do que nunca que recursos estão disponíveis para tentar acabar com o tráfico, falta coragem ou vontade. Porém, não basta ocupar favelas, expulsar bandidos ou matar os grandes traficantes. Esse é um problema muito grande e matar que pode ser uma solução mais simples para todos que vêem não é a solução total da questão.

Devem ser feitas perguntas. Quem financia o tráfico? Quem compra ao bandido? Quem o sustenta? A mesma classe média que assiste com pavor a guerra civil que acontece no Rio de Janeiro é a mesma que ocasionou e vai continuar ocasionando boa parte do problema. Filhinhos de papai que têm tudo e parecem que não tem nada são os que nunca vão deixar o problema parar de se alastrar. É deplorável o tamanho do problema. É revoltante ver tudo isso por culpa da droga. Não me venham dizer que é por conta de pobreza que traficantes matam e roubam, porque não é. Tem que se matar o mal pela raiz, tem que buscar todos os problemas e resolve-los, desde os bandidos da classe baixa até os bandidos da classe mais alta (incluindo políticos).

Apesar de saber que matar não é a solução, o que se deve fazer nesse momento chega perto disso. Têm que se responder de forma que eles (bandidos) entendam o recado, de forma autoritária. Pessoas inocentes estão sendo mortas. Vi uma frase que me chamou atenção no meio dessa baderna, “Que tragam os nossos soldados do Haiti, porque agora a guerra é aqui”.

Não vou nem entrar na questão da copa do mundo de 2014 e muito menos das Olimpíadas de 2016, porque ainda estamos a certo tempo disso e espera-se que o problema seja resolvido muito antes, porém, é lastimável ver o Rio de Janeiro, que deveria ser referência para todo o resto do Brasil nesta situação. Que a situação política não interfira, que todos se unam por um só ideal, paz.

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